Tuesday 12 February 2008

Memórias .

Agarro numa folha de papel e tento escrever.

Imagens desfocadas, ideias confusas, vultos sem forma a apoderarem-se duma simples folha de papel. Malditos. Onde pára a imaginação? Confusa com esta estranha dança de indigentes, de ideias por formular? Provavelmente.

Então, poiso a folha de papel. Descanso a cabeça. Alguns minutos apenas. Porque depois volto a tentar. Sucessivas tentativas falhadas. Às vezes acontece. E voltam a surgir as imagens desfocadas, as ideias confusas, os vultos sem forma. A imaginação volta a escapar-me entre os dedos, como água que corre sem controlo. Às vezes acontece.

Rasgo a folha de papel e tento sentir.

Histórias sem sentido, emoções sem fundamento, motivos sem lógica a apoderarem-se dum simples pensamento. Malditos. Onde pára a concentração? Perdida com esta estranha mescla de visualizações, de sensações por compreender? Provavelmente.

Então, agarro noutra folha de papel. Descanso a alma. Alguns minutos apenas. Porque depois volto a tentar. Sucessivas tentativas falhadas. Às vezes acontece. E voltam a surgir as histórias sem sentido, as emoções sem fundamento, os motivos sem lógica. A concentração volta a fugir-me, como vento pelo corpo, como vento que anda sem sentido. Às vezes acontece.

Deixo a folha de papel de lado, e tento me lembrar. Tento-me lembrar de mim, do que sou, do que me define. Pode ser que ajude.

1 comment:

Anonymous said...

Adorei o texto, especialmente porque conseguiste expressar por palavras o que as vezes sentimos e nao conseguimos explicar... Espero que faças mais textos destes, nao ha duvida que tens talento para isso =)